A Transpetro, subsidiária da Petrobras, anunciou hoje (1º) no Rio de Janeiro que o Estaleiro Promar será instalado no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Ipojuca, Pernambuco. O Promar já nasce grande, com encomenda de 8 navios gaseiros (para transporte de gás), no valor total de US$ 536 milhões, o que equivale a R$ 960 milhões.
A estimativa é de que essa encomenda gere cerca de 10 mil empregos em Pernambuco, dos quais 2,7 mil criados de forma direta: 1,2 mil nas obras civis do estaleiro e 1,5 mil na construção dos navios. A assinatura do contrato imediato das obras será feita na próxima semana e o prazo de conclusão é até 12 meses. O Promar é o segundo estaleiro criado a partir das encomendas da Transpetro. O primeiro foi o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), hoje o maior do País, com contratos para montar 22 navios para a estatal.
O Promar foi o vencedor da licitação para a construção dos 8 navios gaseiros do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro. Mas enfrentou problemas no Ceará, primeira opção para instalação do empreendimento, como inviabilidade de prazo e terreno inadequado ao projeto.
Segundo nota da Promar, os investidores do estaleiro indicaram à Transpetro, no dia 29, uma nova área de 80 hectares, próxima ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), na Ilha de Tatuoca. A qualificação da mão-de-obra seguirá os moldes da já utilizada no EAS, que conta hoje com 90% de funcionários da região. “A gente conseguiu treinar cerca de oito mil pessoas. Vamos treinar para o Promar também, a juventude e os mais velhos que precisam de oportunidade, para fazer o Promar botar navio gaseiro no mar”, afirmou o governador Eduardo Campos. A documentação necessária - licença ambiental prévia e posse do terreno - foi devidamente apresentada e aprovada pela estatal.
A Transpetro convocará agora o estaleiro para assinar o contrato de construção dos 8 navios gaseiros, “em tempo hábil, honrando os preços e os prazos acordados, sem prejuízo à continuidade do Promef”. A expectativa é que o primeiro navio seja entregue em dezembro de 2012 e os outros sete até o fim de 2014.
O Promar cumpriu o prazo estipulado pela Transpetro (30 de junho) para a apresentação de uma alternativa viável ao projeto, levando em conta o cronograma de construção e entrega dos navios e também a validade da proposta comercial do estaleiro, que expiraria em 10 de julho.
O estaleiro já havia comunicado ao governo que, devido à elevação de custos dos insumos da cadeia naval, não conseguiria manter os preços acordados com seus fornecedores após o dia 10 de julho. A Transpetro reuniu em um único lote todos os gaseiros que compõem o Promef, sendo quatro de 7 mil metros cúbicos (m³), dois de 12 mil m³ e dois de 4 mil m³. Conforme estabelecem as regras do programa, a construção dos navios deve ser feita com um índice mínimo de nacionalização de 70% em equipamentos e serviços.
À frente do empreendimento estão o Grupo PJMR e a STX Brazil Offshore S.A. Para o presidente da STX, Miro Arantes, o Promar confirma o Estado como referência do setor naval. “Consolida a posição de Pernambuco, que vai se transformando no maior polo da indústria naval brasileira”, disse.
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR, com informações da Agência Brasil
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